sábado, 20 de setembro de 2008

Compartilhando

De que valem as experiências, alegres ou tristes, se não pudermos compartilhá-las plenamente? Sentindo nosso êxito como o êxito de todos, e o lamento do próximo como nosso próprio lamento. É sentir com os sentidos do Universo. E, se Deus é todo o Universo, então essa é a verdadeira comunhão com Deus.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A MORTE

A morte é a única coisa certa em nossas vidas. Então, por que as pessoas vivem como se não o soubesse? Um dos personagens de Chimamanda Adichie afirma que vivemos em um estado de negação da morte. Realmente, só pensamos sobre ela quando alguém que nos é querido se vai. Quando, na verdade, ela está presente em vários momentos de nossas vidas. Toda mudança é uma morte. Morre um aspecto nosso e abre-se espaço para algo novo surgir. Por isso, no tarot, a carta da Morte significa Transformação.

Quando conseguimos perceber isso, as mudanças que ocorrem em nossas vidas e que, inicialmente, parecerem ruins, podem, na verdade, ser uma oportunidade de recomeçar. Aconteceu comigo. Foi-me tirado aquilo que eu mais amava fazer. O circo. Descobri uma hérnia de disco e umas protusões na lombar. Quando a fisioterapeuta falou que teria que parar de treinar por um tempo, desatei a chorar. Estava treinando 5 horas por dia. Toda a minha energia estava centrada nisso. E, sem mais nem menos, a Vida me prega uma peça dessas!

No começo fiquei muito triste. Desorientada. Mas depois percebi que isso pode ser uma oportunidade. Uma morte. Da qual eu renasci. Estou usando esse tempo longe do treino para me curar, física e espiritualmente. O que faria se soubesse que a morte está próxima? Curtir cada momento como se fosse o último. Estar PRESENTE em cada um deles. Dizer às pessoas que amo “Eu te amo”. Visitar pessoas queridas que há muito não vejo... É tão bom fazer isso!!

Coisas que protelamos porque estamos sempre sem tempo. Quando, na verdade, o único tempo que existe é o hoje, agora. O que estamos esperando???

Compartilho esse ensinamento de Vida em homenagem ao surfista Tony, que infelizmente não conheci, mas que me lembra tantas pessoas e tantos ensinamentos que conheci no Guarujá. O Mar é como a Vida. Surfamos nela, levamos vacas, dropamos ondas perfeitas, mas o desconhecido está sempre presente. È o que nos dá a adrenalina de viver, e a atenção sempre ligada no momento, e a bênção de se estar em sintonia com a Natureza...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Arte e a evolução planetária

O que diferencia o ser humano dos outros animais é a busca da verdade. O ser humano não se contenta em estar no mundo, mas busca compreender como esse mundo funciona. Ele não se contenta em viver, mas busca um significado para a vida. Sua voz não se contenta em falar, ela quer cantar. Suas mãos não se contentam em buscar alimento, mas querem construir. Seu corpo quer dançar e, sua mente, imaginar.

A arte é a mais bela contribuição que nossa espécie pode dar ao planeta. E talvez seja a única razão pela qual existimos. Ela desafia os nossos limites físicos, do corpo, das notas musicais, das palavras, para expressar algo que intuímos existir. Por isso ela é eterna. A eterna busca por esse lugar de perfeição e beleza que existe em algum plano... e que queremos trazer para a terra.

A verdadeira arte é tudo o que fazemos a partir de uma busca interna, de uma conexão com nossa verdadeira essência. Essa é a arte que sensibiliza, pois o expectador reconhece nela seus mesmos anseios, sua mesma busca pela liberdade de espírito. E por um momento ele atinge esse plano ideal. Por um momento ele transcende sua existência física. E esses são os momentos que nos transformam profundamente. Que nos recoloca em contato com os anseios da nossa espécie. Nos recoloca em nosso caminho evolutivo.

A arte é libertadora.